Olha como te fitam
como se sempre tivessem sido o teu horizonte!
Vê como te chamam,
como se transformam em fonte,
pequena ribeira, longo rio e parte do teu mar.
Olha como é espantoso o apelo,
como é persuasivo
e como enfrenta a indiferença das tuas mãos!
Olha como és cativo
dos seus domínios pagãos,
da sua força divina e do seu poder de encantar.
Final inevitável: Rendição.
Postura espectável: Desarmar.
fotografia © Nuno Abreu
legenda © Carmen Zita Ferreira
legenda © Carmen Zita Ferreira
2 comentários:
Encontramos no avesso e reverso das palavras o poder da força mítica e original das mesmas. A comunicação que se estende num apelo ancestral e que nos desafia constantemente a simplesmente EXISTIR.
Bela foto e belo poema!
:)
P.S. Peço ambos emprestados para ser um post, em breve, na Teia!
Já tinha gostado da fotografia, com a qualidade (e a sensibilidade) a que o Nuno nos habituou, gostei muito do conjunto que o poema da Carmen Zita, com a sua sensibilidade (e qualidade), veio proporcionar(-nos).
Obrigado aos dois.
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