2006-05-06

foto&legenda # 53

Quieto-me perante a majestade desta cidade, a sua pedra, o seu rio, o seu abrigo, o seu velho casario ribeirinho, o trânsito sobre as suas pontes, a sua foz, o seu cinzento. Queria ser mais dela, mais vezes, tantas, para que ela fosse minha, também minha. Queria que não fosse necessário escrever esta é a minha cidade e que isso não fosse mentira. Queria que o meu êxodo pendular não fosse apenas para sul, capital, mas que fosse também para norte, origem. Queria ser presente mais vezes no estádio de onde sou. Queria que o sentido, o meu, não fosse a distância à invicticidade e que também por fora, como por dentro, pudesse dizer sem engano, daqui, o Porto aqui tão perto e estar lá com o corpo, não apenas com a saudade.
fotografia © Nuno Abreu
legenda © Sérgio Faria

2 comentários:

Anónimo disse...

esta verdade vale para todas as fotografias daqui: cliquem sobre elas e dêem-lhes tamanho. o assombro é ainda maior. e as palavras apagam-se na sua desnecessidade.

Anónimo disse...

O meu Porto!
O nosso Porto!
Os Guindais. O Douro.
A cidade única!
Portugal é lindo, mas o Porto é uma paixão!

Parabéns,
Um texto, uma foto com muita sensibilidade
Porto sentido! Vocês sentem-no.

Nuno Abreu e Sérgio Faria