Talvez o interior seja mais do que o avesso do que é fora. Por exemplo, há interiores visíveis, que podem espreitar-se. Às vezes, a olho despido, é possível constatar uma sucessão de mosaicos transparentes, que simultaneamente se abrem e fecham à curiosidade. Parece um truque, um jogo de câmara clara, uma constelação de janelas e marquises que organizam as costas da cidade escondidas dentro de si. Mas, visto, bem visto, no modo como se revela, esse interior é sobretudo um exercício de agitação de véus. Uma composição aberta, uma campanha, um universo. Quase nada.
fotografia © Pedro Figueiredo
legenda © Sérgio Faria
legenda © Sérgio Faria
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