Dizemos muitas vezes a espera. Somos nómadas. Subimos e descemos, consoante a imposição e a vontade. Às vezes descemos quando queremos subir, outras vezes subimos quando queremos descer. Outras vezes ainda queremos apenas ficar, não subir ou descer, e subimos ou descemos. O contrário também sucede. E esperamos o transporte que nos leva e dá o sentido. São demasiados os patamares da vida e os acidentes de quem sobe e desce. Parece que apenas no momento derradeiro temos a capacidade do movimento duplo e contrário, descemos com o corpo enquanto a essência da alma ala às alturas. Há muita gente a ver fantasmas.
fotografia © Paulo Vaz Henriques
legenda © Sérgio Faria
legenda © Sérgio Faria
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