2010-03-01

foto&legenda # 459 (havia um pentagrama no altar)

Não, pá, não tens razão, não foi um, foram três. Um, dois, três, ora estica lá os dedinhos. À alemã começa-se a contar no polegar. E depois, como se o resultado do jogo não tivesse sido suficiente mau e evidente, naquele jeitinho dele, meio benfiquista meio Deolinda - as proporções podem não ser exactamente estas -, o mister Jesualdo veio dizer ainda somos campeões. Pois são. Mas o objectivo não é deixarem de ser, ficarem a ver o penta por um canudo, que era como já o andavam a ver há muito tempo. A missão não era levarem três secos de uma equipa orientada por uma tarântula de pinhal manso e permitir que uns tamboris dos arrabaldes da alameda das linhas de torres e que vão a massagens a Alcochete fizessem fosquetas junto à linha lateral como os símios expostos no jardim zoológico. Combate é combate, é sempre a subir. Aos outros, os tarantantans listrados em latitude, é que devia ter sido concedida a sorte da derrota. Mas, com um híbrido meio benfiquista meio Deolinda com o cérebro desenhado para conceber tácticas de curling usando como base os considerandos de Schröndinger sobre um tareco qualquer, fazer o quê? Perdemos bem, também disse ele. Uma manada de Gauríns arrumada para dançar ballet pode dar para perder, porém perder assim nunca é bem e sobretudo não é bonito, menos ainda contra onze gnomos que andaram para aí não sei quantas semanas a espraiar futebol de pacote e a levar para contar. Outrora no hectare servia-se tango, não espetadinhas de frango.
fotografias © Nuno Abreu
legenda © Sérgio Faria

1 comentário:

Anónimo disse...

Este senhor Faria tem a mania e gosta de se armar em parvo. Coitadito. É só veborreia, tal como no castlo vai nu.