Este é o meu dia. Por isso vou dizer-te a verdade. Sou a filha de Ícaro. E no meu corpo, vês?, hoje acontece-me o outono. Caem-me os braços. Caio com eles.
Ainda bem que, deitado quase tão tarde como tu, acordei a desoras para ser o primeiro, senão a ler-te, a comentar-te. Mas para te deixar que comentário, que posso eu dizer depois de te ler (e de te ler, noutro tom e som, no castelo)? Só me sai isto: abençoadas madrugadas, ou - à Mia Couto - abençonambulismo. E um abraço com tudo o que de urso eu for capaz!
3 comentários:
Ainda bem que, deitado quase tão tarde como tu, acordei a desoras para ser o primeiro, senão a ler-te, a comentar-te.
Mas para te deixar que comentário, que posso eu dizer depois de te ler (e de te ler, noutro tom e som, no castelo)?
Só me sai isto: abençoadas madrugadas, ou - à Mia Couto -
abençonambulismo.
E um abraço com tudo o que de urso eu for capaz!
O velho a querer rebentar de futuro.
Belíssimo!
Escreve com muita poesia!
GR
Parabéns Sérgio. A escolha da foto, e o teu texto estão excelentes (como sempre). Sem palavras.
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