Por que me olhas os pés?, esperas encontrar aí alguma verdade? Após esta interpelação sobrou um breve silêncio. Nenhuma resposta chegou. E, sob a canícula, outros gestos que viessem a haver demoraram. Até que o silêncio foi cortado por novas palavras. Louvo o chão, porque sobre ele é o quanto me basta. Mesmo o céu, qualquer ponto do céu, é sobre este chão. Aqui, onde tenho os pés e próximo, é o princípio de tudo.
fotografia © Nuno Abreu
legenda © Sérgio Faria
legenda © Sérgio Faria
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