Ele disse a minha mão tem cinco pontas, é uma estrela, mas ninguém acreditou. O que preocupava os outros era uma espécie de poeira cósmica a que chamavam tempo, sedimentada sobre superfícies improváveis, guardadas por outras estrelas. Será que as estrelas de três pontas não seguram o tempo?, perguntou um dos outros. Sobressaltou-os, aos outros, a dúvida. E todos começaram a estranhar, por igual, tanto o chão em que assentavam os pés quanto o céu em que arrumavam a cabeça. Ele insistiu, a minha mão tem cinco pontas, é uma estrela. Mas, outra vez, ninguém acreditou.
fotografia © Nuno Abreu
legenda © Sérgio Faria
legenda © Sérgio Faria
1 comentário:
Boa foto!!
Enviar um comentário