Vem do acto da chuva, acto superior ao batismo, uma sensação de redenção. De redenção porque pela experiência das suas bagas faz-se presente que vivemos noutra bolsa, numa gestação diferente da gestação provisória, vivida no seio materno. Agora, soltos, somos entregues ao céu aberto, às contas de cristal macio que, splash!, nos atingem e lavam. Agora, de tudo nos lavamos, excepto da culpa e da cumplicidade das mãos que fazem o pão e a vindima.
fotografia © Nuno Abreu
legenda © Sérgio Faria
legenda © Sérgio Faria
2 comentários:
E agora, Pedro? Como é que vamos "dar resposta" a isto sem fazer descer (muito) o nível?
Vamos tentar, claro...
Para ver (ao vivo e a cores) esta e outras fotos do Nuno Abreu, dia 01 de Abril, 17 horas, no espaço Som da Tinta.
(outras fotos deste e de outros fotógrafos se poderão ver)
Até lá!
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