2006-04-11

FOTOLEGENDA - hors-série


O tempo que vivemos, e as circunstâncias que somos, fazem e desfazem rotinas.
Algumas dessas rotinas são tão desejadas, são tão queridas que, ao construi-las, as tomamos por definitivas, como se fosse eterno o que é efémero... ainda que possa durar para sempre. Enquanto.
Depois, depois o tempo (es)corre, as circunstâncias mudam, e nós mudamos com o tempo e com as circunstâncias.
E, ao descontruirmos rotinas, algumas…, sentimo-nos perdidos, sem perspectivas, sem futuro, como se estivéssemos em risco de perder a vida e não as rotinas.
Mas estas não são a vida, mesmo as que mais desejámos, as que mais queríamos, as mais realizadas. São de um tempo que passa. De umas circunstâncias que mudam. Mudando-nos.

A vida continua. Começa de novo. Sempre.

Zeferino

5 comentários:

Anónimo disse...

Toldam-nos rotinas e circunstâncias que vida nos traz e leva diz (e bem) o autor. Com o tempo crescemos, aprendemos e mudamos.
De cabeça erguida e peito feito saibamos encarar as condicionantes da malvada e piedosa vida - agarra-la pelos cornos - sem que nos deixemos cegar por nem por fogosidades nem por comodidades.
Mas há sempre aquele, o outro, a voz, o regaço, o ombro, a ruga, a bengala e o amigo que da vida não são aliados.
Quem me dera ter muitos amigos.

Anónimo disse...

Gostei muito do texto.
Contudo “habituaram-me” a não ter “rotinas” certos “hábitos”!
Festas, celebrações, visitas, em certas alturas, só por rotina, nunca fiz, nem faço.
Talvez por não estar tão agarrada a um “tempo”,“tempo que marca a rotina”, não sinta saudade, nem falta!
O texto exprime muita sensibilidade, tristeza, melancolia!
Mas também confiança, amanhã há outro dia!

Magnifico ver o negativo do registo fotográfico.

GR

Nuno Abreu disse...

Por vezes o negativo, é o positivo!

Anónimo disse...

puta Zeferino, este.

Anónimo disse...

Com que então a ir ao fundo das gavetas... e do tempo!
O recado está muito bem dado, esperemos que chegue a bom porto e seja produtivo.