2006-05-09

FOTOLEGENDA - 27


No metro de Lisboa.
Neste nosso tempo. Neste nosso País.
Dois olhares que nos interpelam Que nos chocam.
Dois olhares em que a dureza da vida de um jovem se mescla com a doçura de uma amizade sem mácula. Companheira.
Dois olhares companheiros. Solidários. Entre si.
E nós?

foto de Pedro Gonçalves

legenda de Sérgio Ribeiro

6 comentários:

Anónimo disse...

Parabens Pedro pela fotografia, que não se faz com maquinas - faz-se com coração.

betinha disse...

Ontem vi as fotos na montra e parei um pouco na escada a olhar... não entrei, nem fiz comentários porque há muito que tinha resolvido mentalmente aqueles olhares.
Vendo aqui estas lindissimas fotos e legendas, deu-me vontade de comentar... chocam porque vivem uma vida errante, por terem no olhar a amargura e a dor de uma vida errante, choca-me porque os olhares são iguais, rapaz e cão iguais, na erancia, na dor... é um estilo de vida, uma escolha.

Conheci em tempo dois fantásticos acordeonista que tocavam à chuva e ao sol na Rua do Souto e dormiam debaixo das arcadas, ambos eram felizes, tinham escolhido aquela vida. Vagavam pela europa, com a música na alma, a aventura no corpo e no rosto, no olhar a amargura e a dor da errancia... aquele mesmo olhar. Era a escolha deles.

Anónimo disse...

conheci esta dupla ainda em mais pequeno. eles e eu. putas fotografias e legendas.

Anónimo disse...

Criança e cão!
Escravos de uma nova Europa, Europa unida, sobretudo na equidade!
As fotos e as legendas comovem!

Porém a realidade não é bem assim.
O cão é ensinado à custa de muita fome e pancada. Muita pancada!
A criança ou jovem, se ao fim do dia não tem um x dinheiro, para dar aos adultos que o acompanham bem afastados, (duvido que sejam pais ou familiares) leva também muita pancada. Situações miseráveis, nada podemos fazer!
Pobres escravos!

GR

Sérgio Ribeiro disse...

Hoje acordei a ler legendas, a saboreá-las, a resmungar sobre elas.
Desculpem lá...
Entre a betinha que, idilicamente, vê estilo de vida no que a GR, neo-realista, encontra pancada, fome, escravatura, há um mundo de encontro de sensibilidades e de desencontro de leituras. É o que queremos o sal deste blog, que de vida quer ser.
E há sempre o que se possa fazer, nem que esse fazer seja, agora!,
só denúncia.
Nunca nem tudo feito nem nada a fazer!
Desculpem lá... acordei assim!

Sérgio Ribeiro disse...

Onde escrevi legendas queria escrever comentários (e legendas).
Desculpem lá...