Estas, as “zebras”, apareceram, não como bichos mas como designação, quando se começaram a pintar às riscas as estradas, feitas ruas e avenidas, para indicarem os sítios onde os peões estariam autorizados a pôr o pé ou a receberem indemnização se atropelados fossem.
Tanto tempo passou que os “animais”, só úteis por medo e não por respeito e civismo, se cansaram, envelheceram e apareceram uns desaforados semáforos que, em certas passagens, os tornaram redundantes ou contraditórios. Por isso os maltratam, os cobrem de cicatrizes.
Não seria de lhes acabar com o sofrimento, libertando-nos do triste espectáculo da sua inutilidade, agonia e passamento?
(foto de Pedro Gonçalves
texto de Sérgio Ribeiro)
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