O deslize de um lugar dentro de um lugar, de uma plataforma dentro de uma plataforma, sob o mesmo limite, a mesma fronteira. Chama-se transporte a esta operação. Vêem-se as luzes que bordam os espectros urbanos, a deslocação das suas presenças definidas ou vagas, ouvem-se os ruídos amortecidos pelo efeito cavado contra o exterior. Mas é uma passagem apenas, um movimento de translação no interior da comunidade mesma que se pronuncia e reserva através do vidro do autocarro. A cidade acontece assim, cena e trânsito. Também é assim que se expressam as distâncias e o continente, porém em reverso, não em reflexo.
fotografia © Pedro Figueiredo
legenda © Sérgio Faria
legenda © Sérgio Faria
1 comentário:
Acho esta fotografia espectacular. Este facto vale o que vale, mas achei que o devia registar.
Enviar um comentário