A minha sombra! Por vezes, é ela que me segue. Mas só acontece quando a luz do sol, à minha frente, mais me cega. Então, sinto-me perdido no meio das sombras. Incapaz de servir de guia. A mim e à minha sombra.
Sigo a minha sombra. Ela, sim, é o meu guia. E vou-a estimulando com a minha bengala de cego. Ouço-a. Antecipando os meus passos. Dizendo-me: vá!, anda, faz o nosso caminho. Caminhando no meu encalce.
foto de Nuno Abreu
legenda de Sérgio Ribeiro
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