2008-02-26

foto&legenda # 403 (das irdisch-absolute)

Quase como Broch propôs, o absoluto que habita a terra, onde a carne é simultaneamente a incógnita e a coordenada.
fotografia © Nuno Abreu
legenda © Sérgio Faria

5 comentários:

Anónimo disse...

A tua vontade é soberana companheiro, mas acredita que hoje é um dia mais triste que ontem. Muito mais triste.
Este blog é para mim dos melhores que conheço. Parece mal que eu diga isto porque sou um dos que têm aqui algumas fotos. Mas que se fodam as hipocrisias. Este blog é genial e tenho mesmo muita pena que o abandones. Tu és uma força da natureza e um orgulho para mim quando te chamo amigo. Gostaria de ter um décimo da tua força e talento. Dizem que os génios são malucos. Rezo a todos os santos e santinhas que este seja só um ataque de loucura e que a azia te passe depressa. Fachavor de ganhar juizo e com mais ou menos regularidade (que se foda a regularidade) continua a postar o teu talento.

PG

Anónimo disse...

Posso dizer ámen sem ser escomungado?

Anónimo disse...

... não é erro, não senhor! É que fui ver ao dicionário e excomungado não posso ser...

Anónimo disse...

evoé. pá, eu não disse que ia abandonar isto. tal não me passou pelo juízo, talvez porque seja pouco. o que se passa é que tenho umas quantas pendências da puta da vida, que exigem atenção prioritária – o que tem que ser tem muita força –, e que, independentemente da minha vontade, sei, vão consumir-me tempo e paciência, afectar-me o humor e provavelmente deixar-me com uma disposição filhadaputa, tipo «estou para ninguém, saiam da frente ou vai ser o caralhinho». é verdade que isto talvez não seja muito diferente do habitual. mas há um princípio de que não abdico, que não penhoro, e que suspeito não vai ser possível verificar no futuro próximo, sentir que os textículos apostos às fotografias lhe fazem alguma justiça, mínima que seja. até este momento houve condições, muitas vezes condições forçadas e esforçadas, para que tal fosse acontecendo, com prejuízo da minha disponibilidade para outras coisas, coisas importantes. por isso, porque não é possível garantir que doravante possa continuar a dedicar-me ao exercício que tanto gozo me dá nas condições referidas, aproveitei a passagem de dois anos deste blog para informar que, pela minha parte, algo vai mudar. claro que o tom melodramático do fim, o anúncio do começo da morte disto, era para puxar as lágrimas. mas era só para isso mesmo. muitas das fotografias de vocelências são mais fortes do que eu e facilitam imenso a minha parte do jogo. porém, se ajuda, a qualidade dessas muitas fotografias – declaro-a sem favor ou por pieguice de amigo de fotógrafos – também exige e obriga legendas em conformidade. reconheço que olhar as fotografias de vocelências provoca-me um certo fulgor, tipo cacetada, e dessa porrada vem o resto, a reacção, algumas vezes a velocidade mais rápida do que a do braço e da mão do Lucky Luke, mas muitas vezes as palavras e o seu arranjo quase que têm que ser provocadas a forja e a malho lento e o cronómetro, esse inclemente, não pára. posto isto, esclareço, de quando em quando, embora não se saiba quanto é em tempo esse de quando em quando - a demora pode ser menos ou mais estugada -, haverá posts novos aqui, lá em cima. é só porque há uma alteração evidente do contrato tácito entre quem anima este blog e quem vem espreitar e olhar para as fotografias e as legendas aqui expostas que decidi fazer o anúncio que provocou estes comentários. na prática, tal anúncio não é mais não é do que um aviso à navegação, que julguei ser devido. como o outro, continuarei a andar por aqui e por aí. aqui, porém, mais raro.

post scriptum. aqui entre nós, ó Pedro, «força da natureza» é o caralho e a hidráulica.

PG disse...

Uma vez a Merche disse que o Ronaldo era uma força da natureza. Não sei ao que ela se referia mas o que é que tu queres? Aquilo foi-me ao sentimento. Reconheço que dito por mim não soa tão bem mas pronto's... a pilinha o vento lá no alto e o gajo da prosa à maneira são uma força natureza.